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Showing posts from December, 2006

no assoalho duro (de um livro ainda no prelo)

me aproximo de tombar em sono suave em bairros os cachorros latem digo: cantam de galo no terreiro à tarde esperam sobre esporas altaneiros os galos a que me referi acima ciscam em consideração às galinhas também não sobra muito para o caderno hão passado verão outono inverno e muito está aqui enfeixado e tudo mais que passou por apagado já esse posfácio não sai fácil feito os outros de bem outro hábito escrever sem prévio rascunho assim levado a reboque do próprio punho não me é um bem como antes fora faço papel de tolo jogral fora de hora querendo levar a cabo missão sem solda e soldo água em cuja superfície áporos a rodo enquanto mais ao fundo lodo-areia no qual não há que pise sequer de meias e rimas oficiando o que já é um rito acabar cuaderno escrevendo esquisito felizmente minha fabulação manca estou com travas na fala trancas não há indulto possível para poeta que não se toca ou diz não à caixa-preta que melhor memória manuseável externa pode haver para se ler os destroços da c