em culturas com uma alfabetização insuficiente, a escritura representava ou ainda representa um indício de veracidade: o simples fato de constar por escrito parecia garantir por si só a realidade (o verismo) de uma notícia ou de um relato. (...) a categoria moderna da “ficção”, se constitui como um tipo de linguagem que não é nem “verdade” nem “mentira”, senão que tem um estatuto próprio (...) & mnemônica para josé correia leite aqui jaz jacinta e logo sem pestanejar foco de Ra vicente ferreira que vive de suas paraulas parávoas azinhavradas espadamachado faz rosnante de sentido e som muito barulho para que todos tenham em mente e mesmo em mira antes a mulher negra que fora jacinta (teve época cidade e ruas que iluminava) do que a múmia forra e sem paradeiro dos últimos dias
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista do site Sul21 https://www.sul21.com.br/editoria/colunas/ronald-augusto/