em resposta a uma outra solicitação que lhe fizeram a inércia o jornalismo cultural bodhisatwa a espera de oferendas o provincianamente tolerável o ubíquo professor extra-muros acadêmicos a retranca etc tudo isso cabe na bitola metafórica do cavalo que não se move porque não foi chicoteado a quem é necessário que a literatura ocupe um lugar especial? ou ela estará todos os dias no jornalário todo e em cada página ou ela absolutamente não é necessária nem pertinente vá à merda essa literatura que é servida ab sorvida como sobremesa em festins onde prosadores e poetas dão o ar da graça apresentando preleções ponencias sem potência a propósito de seus respectivos gêneros sem que para isso para este mico frátrio embolsem um puto sequer porque toparam participar e fazer a coisa - pois é - assim “no amor” vicários contistas da obesidade poetas do melos melífero da música gaúcha angola-conguense estou andando para vocês manos rápidas no engendramento no agendamento de suas carreiras e pelotas
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista do site Sul21 https://www.sul21.com.br/editoria/colunas/ronald-augusto/