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Showing posts from September, 2010

manuscrito para queneauth

sen pavor ni favor y ben andante nom falei ren pero que falecido de sen me fosse permitido mui passo a paso a pas pisar chão frolido de fácil y fóssil paleografia empero posfaçador maltreito y quitado de mesuras só en ment'avia án der schreibmaschine sitzen und blättern mia neografia trobar ric de obá clus scriptio defectiva poethik polyglott wit de paroles en équilibre instable u le papier (le blanc ) intervient feito eidos 13.11.2005

não é sempre

safo o desejo pelo signans tua língua pétala em chamas breve sagita (empala-palato) que a minha por sua vez cogita áspide melífera aspereza libada com saliva amorável

texto em andamento

by abissínia (...) Uma poesia que se tem beneficiado mais de aspectos exteriores ao próprio poema, o que, aliás, reflete uma espécie de preferência nacional contemporânea no que respeita ao gênero, que pretende farejar em suas roupas de baixo, aspectos, por assim dizer, mais curiosos. Com efeito, situações de significação antes secundária, tais como, se o poeta é dublê de xamã, se é gay, se é suicida, se representa a poesia afro-brasileira, se vive socado no pantanal, se é da periferia, se foi abusado na infância, se o uso de drogas o fez perambular pelas estradas tornando-o uma espécie de monge, se a iluminação súbita do haicai o converteu ao zen-budismo, enfim, todos esses elementos de catalogação que compareciam sempre após a vírgula, justificam e tornam pertinente a maior parte da poesia aceita hoje. Não basta procurar e reconhecer o bom poeta, tornou-se imperativo que ele(a) diga coisas contundentes desde o lugar de sua diferença social, sexual e antropológica.