por Zélia Maria de N. Neves Vaz (UFMG) A obra poética de Ronald Augusto submetida a uma leitura atenta, impressiona pelo intenso exercício com a linguagem. O poeta joga com as palavras, que trabalhadas em seus muitos sentidos, transportam vida, história e forte personalidade. Seus textos prezam pelo tom hermético, exigindo do leitor um olhar sutil e rigorosamente cuidadoso na busca pela interpretação. Alguns trazem características concretas e visuais, herança do movimento que se iniciou em 1950 e que teve como precursores os irmãos Haroldo e Augusto de Campos e Décio Pignatari. Embora este modelo poético se caracterize pela objetividade e pelo discurso direto, no viés dos textos de Ronald Augusto nem sempre esta marca se manifesta. Sua forma de comunicar não é óbvia e buscar a “mensagem” que o poeta objetiva transmitir é tarefa que exige inúmeras releituras. Neste sentido, torna-se relevante apontar para a opinião do próprio autor, encontrada em seu blog , acerca da comunicação poétic
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista do site Sul21 https://www.sul21.com.br/editoria/colunas/ronald-augusto/