Gostei da narrativa de Os nove pentes d’África , de Cidinha da Silva, da história, do modo como é contada. Mas sei que gostaria mais ainda se fosse mais curta; se ganhasse a forma de um conto. O conto se abre, ou se cerra, a uma tensão que em muitos casos nem se resolve. Naturalmente, não foi essa a intenção da prosadora. Respeito. Não sou um adepto fundamentalista da síntese e nem da escassez que, em poesia, entram na conta das suas virtudes; mas o conto tem algo que falta ao romance ou à novela, ou aos textos que ficam no meio do caminho. Isto é, o conto põe a descoberto parte apenas do que de fato interessa (o resto é o seu avesso, que é o subentendido, que é a alusão), ou como talvez dissesse Pound caso estivera se pronunciando não a respeito da poesia, mas da prosa, que o conto não perderia tempo com itens obsoletos: ele seria e é essências e medulas. Pelo fato de Os nove pentes d’África , não obstante o que escrevi mais acima, ser econômico, esteticamente comedido no uso da cor