O mais perto que cheguei de B., foi na oportunidade de entrega do Prêmio Novidade Literária de 1800 e alguma coisa, em solenidade num hotel luxuoso nas imediaçãos da zona rurbana da cidade, se não me engano. Um conto meu fora escolhido como um dos destaques do mês. O concurso durava acho que um ano inteiro premiando e destacando dúzias de escritores, e esse conto acabou por fazer parte da antologia do concurso em que B. era um dos jurados. Lembro de ter pedido à minha mãe, que me acompanhava, para arrancar um autógrafo a B. (feito um menino vaidoso, ficara envergonhado de solicitar-lhe diretamente). Com a antologia do concurso nas mãos lá se foi a senhora, orgulhosa, em direção ao mestre. De longe, vi quando minha mãe se aproximou dizendo alguma coisa; em seguida ele tomou o livro de suas mãos e escreveu a dedicatória. Não tenho mais esta obra. E, a bem da verdade, quem me jogou para a prosa nem mesmo foi B., aliás, embora reconhecendo sua grandeza, sempre me senti melhor ap
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista do site Sul21 https://www.sul21.com.br/editoria/colunas/ronald-augusto/