Diversidade e pertencimento culturais Ronald Augusto [1] Diversidade cultural implica um dilema, a saber: é preciso reconhecer tanto a minha particularidade, quanto a particularidade do outro, mas ambas como instâncias aproximativas do universal. Isto é, graças às particularidades é que podemos conceber o universal como uma categoria em movimento. O conceito de Homem por meio do qual aceitamos, a princípio, que o outro pode ser considerado como “meu semelhante, meu irmão”, só é possível porque a imagem intuitiva que fazemos de Homem e, por outro lado, de nós mesmos, se constitui de uma infinidade de tipos humanos particulares que, no entanto, apresentam muitos traços em comum. Esses traços comuns é que nos permitem dizer que Malcom X, por exemplo, além de suas singularidades, é um homem como qualquer outro. O conflito cultural toma o lugar da diversidade cultural quando pretendemos universalizar nossa particularidade, isto é, quando lutamos apenas pelo nosso reconhecimento