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Showing posts from March, 2007

poema do meu livro Vá de Valha (1992)

o nosso conceito de dante o nosso conceito de dante o nosso conceito de dante o nos as interpretações de um livro infinito como a commedia as interpretações so conceito de dante o nosso conceito de dante o nosso conceito de dante o sósia o poeta sentimentalmente não condena nem absolve sol cadena monarchia ouro prata povos vergonha sócio emprestado mascarado grafado bebendo num scorvo escuro ou o travo branco da luz que avança estilhaços através do esgalho da onça pintada selva ou a torpeza das linguagens linguagens toupeiras que premiam e castigam tu m’hai di servo tratto a libertate meu espírito espreita minha mão preta avencas inguaiás possessão

DIE GELEHRTEN DER WELT

de Ronald Augusto (tradução: Ines Hegemeyer) Hohn verspielter Münze auf unheilvolle Art geprägt philosophisch vor allem über alles poetisch weder Bitte noch Habsucht hält sie ab Gerechtigkeit zu üben lieBen sie mal davon entfernte sich diese Stück für Stück so dass sie im Lager der Gegner nicht den Toleranten markierten aber im eigenen gäben sie Gas (auf holprigem Boden) : als ob ihre Pfoten schwebten beide unter dem Vorwand als erster vor dem anderen sein Modell geprägt zu haben den “Stein des Weisen” : zahlen mit gleicher Münze was mich angeht dreh ich genügsam besagte Münze um einen Fluch ausstoBend: die einfältige Seite ist die Gelehrte und umgekehrt _____________________________ Ines Hagemeyer (1938) nasceu em Berlin, é poeta e tradutora. Emigrou para o Uruguay onde viveu por várias décadas na capital Montevideo. Desde 1990 reside em Bonn. Faz parte da equipe de editores da revista plurilíngüe Dichtungsring, dedicada à literatura e às demais formas de arte.

ainda o orumuro

diz o murograma poeta mas essa escarificação essa pichatura (literatura da pichação porquanto se cunhou oratura para literatura oral) essa pichatura sobre o orumuro permite também que se troveja e mire em sua caligrafia malassignada um M metonimizado em solita sagita ou uma seta-T a meio caminho de se arrematar / desatar em M anamorfizado e de pernas fechadas assim pode o murograma áspero no corte (craca nesse tipo de sistema de segurança e defesa que sobrou para o emurado cidadão pé-de-chinelo à cata e comensal de vidro em postas para barganhar com a vida) encimado de duros cacos não obstante sua rijeza monolítica lito- gráfica pode dizer elegendo o impreciso a escrita defectiva de conturbado urbano palimpsesto (folhas de rosto discursos sobrepostos) o seguinte poema / poeta um pouco tres- loucadamente também gosto de ouver no quase-signo do caligrama indecidível o murograma murmurando para o design para a economia dos seus sentidos uma sorte de key lexical emprestada de hermes uma

ogumleituras em um muro by cândido rolim

o poeta ronald augusto no encalço veloz de arnaldo xavier exu-mado sacou na paliçada palindrômica intransponível m u r o o r u m o que não impediu de ver no poeta sorte de coisa para exorbitar das cercas mais agora que constato o augusto poeta (não ao gosto) por cima de visual palindromuro colhe um corpo em seta ressetado em plena descida pânica ao mundo ínfero e não é que bem ali neste lado solar do mundo a esperta mão desconhecida anônima anomalia bem nos beiços da sensatez condominial da aldeota cravou no muro sagaz ogum-seta tá ali pra quem vê o grifo sagital diagrama ofídico insidioso o nome - poeta - agudizado alvo disparado contra o próprio olho na revoada grafitada informe do muro o piche pixel note o sutil tridente in-verso signo esgarçado um pouco acima do lixo reciclável firula poetizável de insigniosos senhores destacáveis (geralmente um seleto grupo de eufêmicos inda mais quando predicam faça poesia sem sair de casa) não chega aos pés dessa sépia anarca exímia defecção