em todos os teus dias ninguém fará sobre nossa terra senão o que tu mentalizares toma do meu coração algum tanto que sejas esforçado e soca o olho ao tapa-olho topando com carreirista: taipa e farpa mais não pedirá gran colpe con teu tragazeite se por des ventura um mocambo de poetas negros afirmando que deuses têm nariz chato e pêlo duro parte para o tapa (a chibata já não soa bem no concerto das nações) e nunca para a rapa cotovelada nas costelas saúda pelo estabelecimento a cerimoniosa mulher pública não consintas em nenhuma guisa que os teus sejam soberbos nem atrevudos mudo chuta-lhes o baco frasco apenas concha no lado da orelha haverás o papa e as gentes unhaecarnebranca dá-lhes siempre sus soldadas bien paradas pontapés joelhadas sem joelheira punhadas pois eles (veja-os de joelhos) sem tais cuidados perderiam o siso e quando tocassem no teu nome só diriam injúrias à base de tortuosa linguagem
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista do site Sul21 https://www.sul21.com.br/editoria/colunas/ronald-augusto/