Monteiro Lobato(mia): a ação movida, junto ao Supremo Tribunal Federal, pelo Instituto de Advocacia Racial e Ambiental pedindo providências para o fato de o livro Caçadas de Pedrinho conter elementos racistas, vem rendendo um belo debate em várias esferas. A seguir alguns momentos de um debate travado com amigos e desafetos no espaço do Facebook. Sobre a falácia de que as opiniões do autor são "produto de um tempo" e, portanto, deveriam ser relevadas: quem defende Monteiro Lobato ou põe em causa a crítica a que o escritor está sendo submetido procura edulcorar o lado ku klux klan do autor do Sítio do Picapau Amarelo como sendo um mero produto de um tempo, e assim as críticas do presente seriam inapropriadas. Mas se havia (e houve) gente que pensava diferente na mesma época em que esse senhor viveu, então, as posições de Lobato eram passíveis de críticas e de questionamentos também à sua época. Portanto, ele não foi o simples produto de um tempo, ele escolheu ou se
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista do site Sul21 https://www.sul21.com.br/editoria/colunas/ronald-augusto/