Respostas ao amigo Roberto Amaral, em http://lemotjuste7.blogspot.com.br/2013/07/ronald-augusto-queima-roupa.html?spref=fb Ler? Duas coisas sobre essa questão: (1) ler é mais importante do que escrever; e (2) reler, do ponto de vista do escritor, é mais importante do que ler. Borges, Jorge Luis, é o grande exemplo dessa meia tese, isso porque o dom da cegueira progressiva contribuiu para que ele se dedicasse mais à releitura, espécie de rememoração, do que à leitura (que supõe o agora e o cumulativo). Se o prazer da leitura se extinguirá restando fora do alcance da vista, então melhor reter na memória imaginativa, por via da releitura, o que foi feito de melhor. Escrever? Subproduto da releitura. Repetir os mestres para aprender. Ser lido? Efetivar esse singular ato da comunicação poética. Reconhecer a vontade ou o desejo de linguagem do leitor. Admitir que as interpretações resultantes desse desejo são infinitamente mais importantes do que as que o esc
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista do site Sul21 https://www.sul21.com.br/editoria/colunas/ronald-augusto/