assim como aconteceu no episódio de racismo contra o goleiro aranha onde, a partir de um certo momento, os que se posicionaram a favor da aplicação da lei punindo os ofensores, paradoxalmente, começaram a ser demonizados porque não perdoaram a torcedora racista, agora, então, começa a se erguer uma onda de apoio ao seriado "sexo e as negas" seguindo quase os mesmos moldes. em troca de uma exposição (ou de uma visibilidade) ainda que não a ideal da imagem do negro para uma audiência mais ampla e graças à capacidade de barganha e de sedução (ou de chantagem) da emissora que patrocina a série, muitos já começam a ver com bons olhos as peripécias das novas mulatas do chacrinha-falabella. o pragmantismo da cultura das celebridades aceita tudo, essa propriedade já não é mais exclusiva do papel. assim, negros e brancos que preferem não transigir com a suposta vantagem que teria sido alcançada pelos ou para os negros com a série (na verdade se trata de uma exceção que conf
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista do site Sul21 https://www.sul21.com.br/editoria/colunas/ronald-augusto/