Dois lançamentos de uma editora simples e impertinente
Ronald Augusto e Ronaldo Machado fazem um triplo lançamento editorial, abrindo com seus livros de poemas, No assoalho duro e Solecidades, respectivamente, a Coleção Poesia da novíssima editora Éblis.
Ronaldo, além de poeta é professor de história e de literatura e Mestre em Teoria Literária pela Unicamp. Faz sua estréia com Solecidades, livro cujo olhar lírico-imagético, que percorre “os restos da cidade” e seus arrabaldes, incorpora o tom crítico e a lucidez auto-irônica de uma linguagem que negocia e negaceia sua parcela de prosa. Em Solecidades, escrito entre 2004 e 2006, o poeta confessa: “a cidade encardiu meus sapatos novos, feitos para urdir/ carne quebrada, nervo rendido, osso desconjuntado”.
No assoalho duro é o oitavo título de Ronald, poeta, músico e crítico de poesia. O livro reúne alguns exemplares de uma produção de quase vinte anos. O poema mais antigo é de 1988 e o mais recente data de 2006. No assoalho duro é o livro soteropolitano do autor, cerca de sessenta por cento do seu total foi escrito na capital baiana, onde Ronald viveu entre 1989 e 1992: “folheei o continente africano/ sua culinária mental cabinda/ que não cabe inteiramente nos vocábulos/ da expressão lusitana”.
Numa empreitada a quatro mãos, os poetas se empenharam em criar também a editora Éblis (http://www.editoraeblis.zip.net/), que vem à luz com uma proposta editorial simples e impertinente: a edição de livros de poesia. O foco da nova editora é pôr em circulação a poesia que não se contente com a corriqueira satisfação da moeda literária vigente, que cai, ora com a cara cult, ora com a coroa provinciana. A editora Éblis pretende jogar sobre a mesa uma outra moeda, revendo assim a economia poética contemporânea a partir de outros valores.
Como declaram os poetas-editores, “específicos em suas singularidades, os dois livros se completam (e também se contrastam) no trabalho editorial a que nos propusemos, o qual pressupõe a poesia e o livro como objetos estéticos nascidos da posse da alteridade de nós mesmos, pela consciência e pela análise, pelo exercício e pela experimentação, mas sem desprezar a colaboração do acaso. Poesia-coisa e livro-objeto como resultado de um senso ludodáctilo, de uma inteligência lúcida, vertiginosa, às voltas com seus limites, recusando-se, sempre, à dissipação e ao descanso fácil”.
Data: 04 de maio de 2007 - sexta-feira Hora: 19h30min
Local: Livraria Palavraria, Rua Vasco da Gama, 165 – fone 3268 4260
Quanto: R$ 20,00 (no lançamento, R$ 30,00 os dois livros)
Ronald Augusto e Ronaldo Machado fazem um triplo lançamento editorial, abrindo com seus livros de poemas, No assoalho duro e Solecidades, respectivamente, a Coleção Poesia da novíssima editora Éblis.
Ronaldo, além de poeta é professor de história e de literatura e Mestre em Teoria Literária pela Unicamp. Faz sua estréia com Solecidades, livro cujo olhar lírico-imagético, que percorre “os restos da cidade” e seus arrabaldes, incorpora o tom crítico e a lucidez auto-irônica de uma linguagem que negocia e negaceia sua parcela de prosa. Em Solecidades, escrito entre 2004 e 2006, o poeta confessa: “a cidade encardiu meus sapatos novos, feitos para urdir/ carne quebrada, nervo rendido, osso desconjuntado”.
No assoalho duro é o oitavo título de Ronald, poeta, músico e crítico de poesia. O livro reúne alguns exemplares de uma produção de quase vinte anos. O poema mais antigo é de 1988 e o mais recente data de 2006. No assoalho duro é o livro soteropolitano do autor, cerca de sessenta por cento do seu total foi escrito na capital baiana, onde Ronald viveu entre 1989 e 1992: “folheei o continente africano/ sua culinária mental cabinda/ que não cabe inteiramente nos vocábulos/ da expressão lusitana”.
Numa empreitada a quatro mãos, os poetas se empenharam em criar também a editora Éblis (http://www.editoraeblis.zip.net/), que vem à luz com uma proposta editorial simples e impertinente: a edição de livros de poesia. O foco da nova editora é pôr em circulação a poesia que não se contente com a corriqueira satisfação da moeda literária vigente, que cai, ora com a cara cult, ora com a coroa provinciana. A editora Éblis pretende jogar sobre a mesa uma outra moeda, revendo assim a economia poética contemporânea a partir de outros valores.
Como declaram os poetas-editores, “específicos em suas singularidades, os dois livros se completam (e também se contrastam) no trabalho editorial a que nos propusemos, o qual pressupõe a poesia e o livro como objetos estéticos nascidos da posse da alteridade de nós mesmos, pela consciência e pela análise, pelo exercício e pela experimentação, mas sem desprezar a colaboração do acaso. Poesia-coisa e livro-objeto como resultado de um senso ludodáctilo, de uma inteligência lúcida, vertiginosa, às voltas com seus limites, recusando-se, sempre, à dissipação e ao descanso fácil”.
Data: 04 de maio de 2007 - sexta-feira Hora: 19h30min
Local: Livraria Palavraria, Rua Vasco da Gama, 165 – fone 3268 4260
Quanto: R$ 20,00 (no lançamento, R$ 30,00 os dois livros)
Comments
abraço
Cândido