ronald(o)
- Como a maioria dos escritores chegam até a Éblis? (Eles enviam os originais ou a editora os encontra?)
Nos últimos tempos, devido à visibilidade da editora (histórico dos lançamentos, website, etc.), muitos autores pretendentes têm nos procurado. Sempre solicitamos aos interessados em publicar pela Éblis, o envio de uns 5 poemas para analisarmos o estágio criativo em que se encontra a linguagem deles, a partir desta amostra é que tomamos a nossa decisão. Infelizmente, até agora, ainda não recebemos nada que nos entusiasmasse. Todos os poetas que publicamos vinham sendo acompanhados por mim e pelo Ronaldo, já admirávamos o percurso textual deles. O editor é uma espécie de “olheiro”.
- Quais são os critérios para escolher quem será publicado? (O que os leitores querem ler; como está a qualidade literária da nova geração)
As demandas desse internauta-leitor preguiçoso da contemporaneidade não nos interessam. Não somos facilitadores de nada. Nossos critérios são os mesmos de sempre: qualidade estética e um apetite pelo risco da invenção.
- Como a internet interfere no trabalho das editoras? A Éblis usa a internet para algum fim específico? (Facilita ou complica a publicação; torna os escritores mais independentes)
No nosso caso, ela torna mais ágil o diálogo com a produção poética contemporânea. Um passeio prospectivo pelos blogs de diversos poetas atuantes pode ser extremamente pedagógico. Por meio do website também comercializamos os títulos do nosso catálogo.
- Como é o relacionamento da editora com os autores?
Em poucas palavras: é um relacionamento franco, pois não abrimos mão de uma dose necessária de afeto; o trabalho envolve parcerias, por exemplo, nossa distribuição ainda não é tão boa e, portanto, o êxito da edição também vai depender da colaboração do autor; os autores nos sugerem outros nomes, deste modo, vamos ampliando os contatos e a sobrevivência desta intervenção cultural.
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