Já há alguns anos — não muitos — o poeta português Luís Serguilha vem tentando, numa espécie de périplo, se situar tanto poética como criticamente no embate às vezes encarniçado da poesia contemporânea brasileira. Durante este período relativamente exíguo, atravessando como forasteiro interessado as quizilas e fronteiras estaduais do país, Serguilha já escreveu textos de teor literário e de intervenção cultural para livros, sites e revistas especializadas, e, do mesmo modo, participou de encontros e debates em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo junto dos seus companheiros de geração do lado cá do Atlântico. De outra parte, aspectos da sua obra propriamente criativa começam a ser objeto de análises de alguns poetas-críticos e acadêmicos brasileiros. Seu ponto de partida na tensão de traçar algumas linhas de força dessa série poética é, de um lado, eclético, e, de outro, interessado em demarcar eventos de linguagem que apontem para uma intrínseca transgressão seja de forma, seja de cosmogonia. Não se pode perder de vista que esses elementos se encontram também na base da própria poética de Luís Serguilha, cuja apetência pelas perspectivas da hibridação, por visões de mundo libertadoras e experimentos escriturais localizados para além do normativo, o incitam, ao fim e ao cabo, a se apresentar como um interlocutor voraz em peregrinação quase messiânica em busca dessas “batidas” singulares.
Amaralina Dinka, minha filha caçula de 11 anos, escreveu seu primeiro poema e me pediu para publicá-lo aqui no blog. Ela quer receber críticas e comentários. A MOCINHA FELIZ Eu acordei bem sapeca Parecendo uma peteca Fui direto pra cozinha Tomar meu café na caneca Na escola eu aprendi A multiplicar No recreio fui brincar Cheguei em casa Subi a escada Escorreguei, Caí no chão Mas não chorei Na hora de jantar Tomei meu chá Na minha janela Vi uma mulher tagarela.
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Aproveito a sorte de estar aqui em seu blog e lhe convido para opinar em meu trabalho que já dura quase três meses (O Diário de Bronson).
Abraço do Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com