quero, musa, dever-te o favor
de franquear a mim teu corpo escrito
dentro de um envelope pardo
(em branco o nome do remetente)
assim meu ar de arconte reitero
a cada cena que faço longe
desses gestos de consolatrice
com que me retificas o senso
penso que talvez meu fraco (seja:
o vinho do teu aroma) venha
agora a calhar com toda força
levando-me a versos de verdade
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