mestre tanoeiro
trompete encapsulado em estojo luxuoso
a espera na tocaia
desse um que se vanglorie se inscreva
a executá-lo e a quem possa solapar
a paciência esgarçar-lhe os nervos
atrapalhar seus dedos
e beiços mostrando-se tão singelo inofensivo
com aquelas três teclas apenas
dizzie dixit
éramos ervilhas da mesma vagem
bird e eu
o trompetista
ao contrário do que pensam os críticos e
as mademoiselles da alta sociedade
toca com uma força
que provém não do diafragma
mas sim do cu
recolha de fraseados revolvidos em sua boca
a gordura compacta do corpo encaixada
na poltrona e registra e charla o dizzie
outras anedoutas cogitações ao entrevistador
priápico o trompete corno copa
exalando timbres
sapo-boi foi-não-foi sapo-pipa de papudas
bochechas na cheia infladas
parpadeantes
fingida cara de bunda de
face de flanco
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