MACAJUBA
no zinco jovem (continuidade
persistência) grasna o antigo
granizo
as bátegas de água do céu
ferindo
o chão de folhas secas
coberto soam
como o crepitar do fogo
precipitado
no empenho de devastar o
mundo
o mundo vigas empenadas ainda
que inclinando a esgalhada
cabeça
verdoenga respeitosamente
frontispício de ramos sem
interruptores
ainda que mudando sua doença
em dança
não logra o indulto a palma e
nem uma
pequena parte de sua margem
oposta:
um mundo adulto mais magro
de homens menos doutores
menos nomes
elpenores raimundos momos sem
fundo
preguiçosas dobras de pele
elefantina (
alfinetes de ouro como
estímulo)
*
continuísta a incúmplice
realidade em
decupagem
de lâmina objetiva marca a
película
de luz ainda cinza do ar
a essa altura uma garoa e
agora um friúme
o firmamento repousa coeso a
velha montanha masculina
e o vale
o primeiro círculo do
firmamento
*
bosque de ex-outono clareira
em ocre
o movimento da luz no momento
da
incontornável signifixação
mundo
conservado enterrado vivo num
aquário
onde a água envidraça-se
de uma a outra borda
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