Quando leio os poemas (as tiradas)
de Paulo Leminski é como se eu estivesse lendo poemas de poetas da minha e da
geração subsequente tal é a facilidade com que essa poesia se oferece à
imitação. Afinal, quem joga com quem? Mas há algo de mórbido ou de
fantasmagórico nisso, porque – admitindo que o ar esteja efetivamente viciado –
parece que Leminski é que posa como o diluidor deles. Uma originalidade tão
pavimentada quanto exausta.
Amaralina Dinka, minha filha caçula de 11 anos, escreveu seu primeiro poema e me pediu para publicá-lo aqui no blog. Ela quer receber críticas e comentários. A MOCINHA FELIZ Eu acordei bem sapeca Parecendo uma peteca Fui direto pra cozinha Tomar meu café na caneca Na escola eu aprendi A multiplicar No recreio fui brincar Cheguei em casa Subi a escada Escorreguei, Caí no chão Mas não chorei Na hora de jantar Tomei meu chá Na minha janela Vi uma mulher tagarela.
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