os microafetos transfigurados em poemas
wladimir cazé e sua poesia de microshapes
o exoesqueleto da métrica infusa no inseto áporo do verso
jamais livre jamais abandonado ao capricho da mera
rixa com o caro virtuosismo pós-cabralino
e nem por isso a incúmplice desafeição ao ácaro
dos ritmos inumeráveis da memória oral
mas os decassílabos esdrúxulos [ao
menos entendedor: em esdrúxulas] onde perseveram
traças tracejados de percevejos em troças severas
toda sorte de sórdidos animaizinhos dos cantos encardidos
atrás de cômodas sob camadas de pó de pele velha
enquanto os mais titãs ao longe de viés
cuidando caterva geração ícaros jandaia e migração
tudo à contrapelo dessa fauna miúda em faina muda
com quem concerta cazé
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