um no inverno, dois no verão
Valeu a pena esperar,
Mergulhado na sombra quase gélida,
Até ver o sol outra vez aparecer, caindo,
Nesse espaço entre a copa e
O horizonte mal delineado,
Com sua chama exausta. Em boa hora.
*
sexta-feira
entrei nas águas de gamboa com minhas guias
uma rubro-negra, de exu
a outra de oxalá, guia branca
do dono do pano branco
então veio uma onda, era uma vez,
que levou engolindo a guia de exu
o que desamarra os caminhos
mas não esses fluctissonantes
da alvura praieira de oxalá
*
gamboa, passada a hora do almoço
um sol de acácias
o pestanejar do arvoredo
arranha em vão o bafo da tarde
à distância cicia a brancura do mar
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