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Showing posts from September, 2007

pra suportar sp só com 51 mendicantos

estaremos lá, eu e o ronaldo machado , comemorando o livro de estréia de paulo de toledo. com a publicação do terceiro volume da coleção poesia da editora éblis, persistimos no foco da nossa proposta, que é pôr em circulação a poesia que não se contente com a corriqueira satisfação da moeda literária vigente, que tomba, ora com a cara cult, ora com a coroa provinciana. a editora pretende jogar sobre a mesa uma outra moeda, revendo assim a economia poética contemporânea a partir de outros valores. não estamos fazendo uma aposta publicando a poesia de paulo de toledo; apresentamos ao leitor uma linguagem com a qual temos "afinidades eletivas".

+ um poema do meu livro Vá de Valha (1992)

acrílica sobre tela (detalhe) de rosa marques www.verbavisual.blogspot.com pedra o quadril uva o veio poema a moenda usança o zuluso musseque a favela bessangana o moleque

teatrofantasma

foto: Daniela Montano ENTREVISTA CONCEDIDA A MARCELO ARIEL em www.teatrofantasma.blogspot.com , julho de 2007 1) Qual seria a função social do escritor em uma sociedade desigual e injusta como a do Brasil, com milhões de analfabetos reais e funcionais? Existe uma função social da literatura? Em que pese Ezra Pound, um dos poetas de minha predileção, sustentar que cabe ao poeta a responsabilidade de manter a sanidade e a eficiência da língua-linguagem, sob pena de a cultura de uma nação decair, tudo isso me parece excessivamente utópico e romântico. O poeta age sobre a linguagem, isto é, trabalha-a de modo subversivo ou inventivo (ou pelo menos deveria). Isso quer dizer que muitas vezes a verdadeira obra poética (porque transgride a norma) não esclarece coisa nenhuma, pelo contrário, não raro nos leva a um beco sem saída. Por outro lado, o filósofo Wittgenstein já disse que os limites ou os contornos do mundo são determinados pelos limites da nossa linguagem. Assim, se se quiser mesmo...