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Showing posts from 2012

diálogos sobre poetas e poéticas, curso-oficina

Curso de verão na Palavraria Ampliando o repertório: diálogos sobre poetas e poéticas Duração de 04 encontros-aulas: dois encontros por semana, nos dias 21/22 e 28/29 de janeiro de 2013. Custo R$ 200,00 à vista ou R$ 250,00 em 2X (dois cheques de R$ 125,00). Horário: das 19h às 21h Um diálogo dinâmico sobre alguns poetas fundamentais da tradição poética brasileira, seja em termos de modernismo, seja em termos de contemporaneidade. Através da apresentação e análise de obras chaves de determinados poetas, os participantes do curso se familiarizarão com as questões essenciais da função poética da linguagem e desse modo ampliarão sua capacidade de leitura e criação de poemas. Cada encontro será dedicado a um poeta, na seguinte ordem: Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Décio Pignatari. Esses autores serão confrontados com um panorama seletivo-crítico de autores contemporâneos Em paralelo os participantes exercitarão a escritura d

um ensaio a 4 mãos com cândido rolim

trabalho do artista Jorge dos Anjos, MG PRIMÓRDIOS DO NOVO                                                                        Cândido Rolim  e Ronald Augusto(*)                         Se o enredo não vale por si só, nada como pisar nos calos de questões já superadas.  De tempos em tempos, ocorre a um crítico ou artista reclamar aos brados um gênio, uma épica, uma raridade. À primeira vista, mais um paisano enfadado com a mesmice. De outra parte, embora pareça difícil não julgar ociosa a questão em si, e sem pretensão de construir justificativa válida, abordaremos, sim, o assunto, e, quem sabe, com equivalente enfado estetizante.                         Julgar que tudo já foi dito ou feito não é achar que a realidade se deixa esgotar por meia dúzia de sofismas ou uma única sorte?  Para muitos soa razoável a pretensão de somente realizar algo sob o argumento de que ninguém jamais o fez. É possível um texto original? Não raro, a absoluta novidade se apresenta aos no

decupagens assim em dois tempos

p or Milton Ribeiro No dia 8 de novembro, escrevi no meu Facebook: Feliz. Pois, mesmo cansado, resolvi ir à Feira para conhecer o Ronald Augusto. Para dizer a verdade, achei que seu livro “Decupagens assim” fosse de poesia. Mas não, era um livro de crítica. Como os ônibus de Porto Alegre são lentos, pude ler quatro pequenos ensaios capazes de incutir entusiasmo no mais cansado dos interessados em cultura. Comecei pelo surpreendente “O substrato moral dos vencedores de prêmios literários”. Não pude deixar de rir com as reflexões de Ronald, exatas e sobre as quais jamais tinha pensado. Depois, concordei com suas observações sobre a qualidade da música de Paul McCartney, na qual vemos méritos artísticos além do que deveríamos, se considerássemos o estigma de comercial que o cantautor carrega há meio século, acho. Depois, reli o conhecido “Dá licença meu branco!” sobre o racismo em Monteiro Lobato e terminei com outro que compara Beyoncé e Tina Turner. Não adianta, quando o c

a linguagem sugestiva e ágil

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/feira-do-livro/noticia/2012/11/ronald-augusto-lanca-decupagens-assim-3944161.html por Jones Lopes da Silva Arroz de festa é um simpático clichê que se encaixa ao momento do poeta Ronald Augusto. Às 18h desta quinta, o autor volta à Praça de Autógrafos da Feira, desta vez para o lançamento de  Decupagens Assim , uma obra de ensaios e críticas literárias escritas a partir de 2004. Acontece que Ronald já havia tido a proeza de autografar dois livros na última quarta-feira, um atrás do outro:  Cair de Costas  e  Oliveira Silveira – Obra Reunida .  Em comum nas três obras, há a presença de um filete por onde escorre uma identidade negra. Ronald e Oliveira Silveira tratam da inquietação racial - e nisso eles se parecem muito. Ambos espantam o ranço de um mofo bem comum ao assunto e se utilizam de uma linguagem feito música, verbalizada, que se abre à imaginação. Cair de Costas,  por exemplo, reúne seis livros

penetra no reino surdo das palavras

graças à simplificação e à pressa, ou mesmo ao pavor do pensamento, uns e outros acabam por catalogar cada palavra na faixa mais estreita de seu significado; os nostálgicos do sítio, estão fazendo isso com o verbo "censurar", que tem outras acepções além daquela que eles usam para cuspir na cara de quem faz a crítica necessária aos escritos do lobato.   de resto, como muitos já começam a notar [m esmo o velhinho maluquinho, ziraldo, deu meia-volta em sua defesa da lobatomia] a obra em questão é, por diversas razões, censurável, isto é, interrogável, criticável. então só para desanuviar a coisa [muito embora os defensores da "criação" já tenham escolhido para a polêmica a primeira acepção] aí vão alguns sentidos dicionários: "censurar transitivo direto   1 exercer censura moral, política, estética, religiosa etc. sobre (produção artística ou informativa, espetáculo etc.) Ex.: transitivo direto e bitransitivo   2 in

Recall Monteiro Lobato

Monteiro Lobato(mia): a ação movida, junto ao Supremo Tribunal Federal, pelo Instituto de Advocacia Racial e Ambiental pedindo providências para o fato de o livro Caçadas de Pedrinho conter elementos racistas, vem rendendo um belo debate em várias esferas. A seguir alguns momentos de um debate travado com amigos e desafetos no espaço do Facebook. Sobre a falácia de que as opiniões do autor são "produto de um tempo" e, portanto, deveriam ser relevadas: quem defende Monteiro Lobato ou põe em causa a crítica a que o escritor está sendo submetido procura edulcorar o lado ku klux klan do autor do Sítio do Picapau Amarelo como sendo um mero produto de um tempo, e assim as críticas do presente seriam inapropriadas. Mas se havia  (e houve) gente que pensava diferente na mesma época em que esse senhor viveu, então, as posições de Lobato eram passíveis de críticas e de questionamentos também à sua época. Portanto, ele não foi o simples produto de um tempo, ele escolheu ou se

Cair de costas 30 anos de atividade poética

Cair de costas  reunião comemorando quase 30 anos de atividade poética Ronaldo Machado Uma poesia de ângulos precisos, mas escrita com a aspereza do carvão. Seria esta uma boa imagem para descrever sinteticamente minha leitura da poética que Ronald Augusto enfeixa neste substancial conjunto de poemas intitulado Cair de costas , cujo arco temporal cobre quase trinta anos de sua produção como poeta. Mas a síntese só seria boa se a imagem não fosse, por um lado, tão simplória frente à sofisticação da sua linguagem e, por outro lado, tão precária e instável frente à vertiginosidade da sua razão poética. De fato, agudo em sua racionalidade e áspero em seu ethos comunicativo, Ronald elabora uma poesia paradoxalmente concreta e visceral, lúcida e ao mesmo tempo apaixonada, que negaceia o leitor com a torpeza da sua sintaxe desafiadora das significações e com as exigências do extraverbal dos seus poemas visuais, signos mais incitantes ainda pelo que design am racionalmente

decupagens assim

Letras Contemporâneas    Decupagens Assim  lançamento oficial dia 05 de outubro em Floripa. e em porto alegre dia 10 de outubro na  Palavraria Li vros dia 16 de outubro bate papo com  Paulo Tedesco  na FNAC e dia 09 de novembro na feira do livro de porto alegre O livro reúne textos publicados originalmente na revista eletrônica “Sibila” ( http://sibila.com.br/ ) e no suplemento “Cultura” do jornal Diário Catarinense. Os únicos textos que escapam a esse recorte encontram-se, por coincidência, na seção “Poesia”, e são: “Três takes sobre a poética do rapsodo sedutor”, “Claudio Cruz, poeta que soube esperar por tudo”, “Cruz e Sousa: make it new”, e “O alvo incerto da pedra”. Como afirma o poeta Cândido Rolim: “Ronald é um poeta que periodicamente realiza cursos cuja matéria prima é a leitura e a confecção de objetos verbais (textos). Portanto, convive à exaustão com os impasses da linguagem poética e também com os logros, as imposturas e os embuste

cair de costas

http://zerohora.clicrbs.com. br/rs/cultura-e-lazer/segundo- caderno/noticia/2012/07/poeta- ronald-augusto-lanca- coletanea-que-revisita-sua- carreira-3838339.html Carlos André Moreira carlos.moreira@zerohora.com.br Apropriar-se da tradição para trabalhar questões de sua realidade com voz própria é o desafio a que se propõe todo artista. Uma espécie de inventário desse desafio é o que se pode encontrar na antologia  Cair de Costas , que o poeta Ronald Augusto autografa amanhã, às 19h, na Palavraria - um apanhado de obras anteriores que formam um panorama da primeira década de carreira do poeta, músico, ensaísta e editor. O lançamento será precedido de um pocket show com Marcelo Delacroix, Simone Rasslan e Alvaro RosaCosta, interpretando canções compostas por Ronald Augusto - também ele músico, integrante do projeto Os PoETs. As duas atividades, contudo, não se confundem. Para o autor, a poesia nasce de um pensamento ligado à palavra, e as músicas se constroem pri

brossa: a porta aberta

Na série Videoteca de la memoria literaria , da Radiotelevisión Española, há uma entrevista excelente em que Joan Brossa – ao contrário do âncora em sua envergadura quase aristocrática – se apresenta modestamente vestido, de unhas e dedos sujos e enquanto fala, retorquindo a Joaquín Soler Serrano, deixa entrever o estado lastimável de seus dentes. Talvez por isso, no início da entrevista, o poeta se mostre um pouco esquivo. Mas Brossa responde e contra-argumenta com simplicidade e argúcia às questões formuladas pelo aplicado interlocutor. Por exemplo, com relação à questão-chave da poesia visual, isto é, se é a imagem se impondo à palavra ou, pelo contrário, se é a palavra a subjugar a imagem, o poeta catalão responde dizendo que não é nem uma coisa nem outra, mas que se trata apenas de uma forma sígnica a serviço da comunicação. Com efeito, estamos diante de um outro modo de comunicar ou de transfigurar a realidade em diversa escala imaginativa. Em outro momento,

cair de costas poesia

Projeto gráfico de  Camila Cornutti  e financiamanto do  Fumproarte Smc , revisão de  Denise Martins Freitas  e preparação dos originais de  Ronaldo Machado pedidos podem ser feitos diretamente comigo; enviar email para maiores informações. ronald 

literatura e cinema

A Literatura na Vertigem do Cinema, oficina  ministrada por Ronald Augusto. Realizada às quartas-feiras, das 18h30min às 21h30min, num total de oito encontros. Valor do investimento por participante é de R$ 400,00, que pode ser pago em duas parcelas.

o topos gráfico da página

fotos de 2 caligramas/poemas visuais de ronald augusto espaço gráfico é um suporte, mas também é mais do que isso; a página; a tela da pintura; a tela do computador e do cinema; essa dimensão da página como lugar onde se exercita uma poética visual é mais notável no poema do que na prosa; é o espaço onde além de se materializar um discurso que aponta para sentidos externos, esse espaço mesmo também nos obriga a estabelecer relações entre as formas que o constituem e essas relações constroem sentidos paralelos e específicos à comunicação não-verbal; o espaço gráfico supõe a relação dinâmica entre o impresso (a mancha gráfica) e os claros (espaço em branco); há uma relação entre os traços (sejam tipográficos, sejam caligráficos) e o semântico que é mais ou menos evidente; os valores tipográficos, traços tipográficos, representam desdobramentos da caligrafia e sua relação com o papel/página; não por acaso somos fetichistas com os manuscritos autógrafos dos es

festival de arte negra

http://www.fanbh.com.br/ Quando o mundo branco se põe a fazer elogios desmedidos a respeito do trabalho ou da personalidade de um negro, sempre me preparo para o pior. Por favor, não me venham falar em baixa estima, que estou na defensiva e tudo mais. O furo aqui é bem mais embaixo. Segundo Friedrich Nietzsche “o comentário demasiadamente elogioso produz mais indiscrições que a censura”. As louvações, neste caso, têm fundo culposo ; se efetivam sem que possamos lhes prever as conseqüências. Desvelam a imprudente face do preconceito. Para compensar toda uma série de episódios aniquiladores do ânimo de muitas personalidades negras fundamentais para a nossa cultura, o senso comum carrega nas tintas da apologia purgativa sobre aqueles que parecem ter vivido vidas que poderiam ter sido, mas que não foram. Parodiando o adágio relativo à vingança, pode-se dizer que tal espécie de elogio é um prato que se oferece frio ao seu maior interessado. Por essa razão, Cruz e Sousa é o Dante

3 em arroio grande

arroio frio à primeira hora da tarde após o almoço consanguineo ( arroz abóbora cerveja) exsurgidos de madrugada esbranquiçada (espólio de cobertas) arroio arrabalde casario liliputiano sob o desbaste do tempo não obstante vozes-pipilar e pelotas de meninos chutadas contra a parede do vizinho da frente arroio sem porvenir passado à régua de madeira réstia de canseira de meados do século passado arroio com quem reparto o extrato mimoso de minha abissínia arroio grande, 28 de abril de 2012 desarrumado comigo mais essa feita o mesmo inimigo  ego  (egum)  scriptor empregando forças velhacas formas em velhusca tristura (ainda mancebamente aquilina) na escuma no charque de mim orim nem raro nem claro isóscele orim ruim cujas narinas já farejam gracejam as ruínas do orum orim surdo insúdito à arenga horaciana toupeira rente à tópica latina invitação ao vinho à viagem à socapa do mapa da parolagem *