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Showing posts from January, 2012

cummings 2

outro poema de e. e. cummings (tradução: Ronald Augusto e Denise Freitas) silence .is a looking bird:the turn ing;edge,of life (inquiry before snow * silêncio .é um olhar ave:o torn eio;giro,da vida (indagação antes que neve

cummings:poem

 e. e. cummings poema de e. e. cummings (tradução: Ronald Augusto e Denise Freitas) youful larger of smallish Humble a rosily ,nimblest; c-urlin-g noword Silent is blue (sleep! new girlgold * p lenitu de larga pequenez Humílima roseazinha ,ágil; es-pira-lada nãomundo Silente és azul (dorme! nova jovemjaune

o mancebo e a ninfa

A NINFA / Manuel Bandeira Estranha volta ao lar naquele dia! Tornava o filho pródigo à paterna Casa, e não via em nada a antiga e terna Jubilação da instante cotovia. Antes, em tudo a igual monotonia, Tanto mais flébil quanto mais eterna. A ninfa estava ali. Que alvor de perna! Mas, em compensação, como era fria! Ao vê-la assim, calou-se no passado A voz que nunca ouviu sem que direito Lhe fôsse ao coração. Logo a seu lado Buliu na luz do lar, na luz do leito, Como um brasão de timbre indecifrado, O ruivo, raro isóscele perfeito. Conheço duas gravações desse poema na voz de Manuel Bandeira: numa, ele o reproduz tal como aparece escrito. Mas, no cd que acompanha a recente reedição dos 50 melhores poemas do autor, Bandeira muda o último verso dizendo: "O ruivo, claro isóscele perfeito.". O poeta suaviza a aliteração dos /rr/ vibrantes ( r uivo-raro ) ao optar pelo / l/ de "claro", que vem se avolumando obsessivamente desde " L

travelling

comigo não tem assunto lanho a canela do adversário (quem mandou ser otário) depois chuto de trivela para completar o insulto comigo não tem querela quero-a não importa onde e para ontem com ou sem tabela venha do meio venha da ponta desde que chegue redonda comigo deu pros cocos não tem essa de compadre eu não me queixo ao bispo se por azar uma bola nas costas ao safado que o faça digo que tem a volta comigo não tem testigo sou eu ao desabrigo (um adeus assim renhido) pois é sempre fria a vianda e nem mesmo a cana no cantil me faz andar de banda

o declínio do romance

Borges afirmava, já no final da década de 1960, que o romance estava em declínio. Ao mesmo tempo defendia e projetava (como valores) a continuidade da história e da narrativa. O poeta argentino escrevia àquela altura que não veremos o dia em que “os homens se cansarão de contar e ouvir histórias”. O cinema, até meados do século 20, confirma em parte a previsão de Borges, ou seja, a sétima arte contribui para o encerramento do discurso romanesco, mas não deixa de lado a história nem as formas vertiginosas de narração. Pode-se dizer que a maioria dos realizadores ainda deposita bastante confiança nos poderes persuasivos da história, ainda que contada através das imagens. O diretor Raoul Walsh ( Seu último refúgio , 1941) costumava dizer: “Se você não tem a história, você não tem nada!” ( apud Martin Scorsese). Por outros atalhos Borges se aproxima das ideias defendidas por Theodor W. Adorno. No ensaio “Posição do narrador no romance contemporâneo”, Adorno propõe o seguinte