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Showing posts from November, 2011

poema do livro No assoalho duro (2007)

mestre tanoeiro trompete encapsulado em estojo luxuoso a espera na tocaia desse um que se vanglorie se inscreva a executá-lo e a quem possa solapar a paciência esgarçar-lhe os nervos atrapalhar seus dedos e beiços mostrando-se tão singelo inofensivo com aquelas três teclas apenas dizzie dixit éramos ervilhas da mesma vagem bird e eu o trompetista ao contrário do que pensam os críticos e as mademoiselles da alta sociedade toca com uma força que provém não do diafragma mas sim do cu recolha de fraseados revolvidos em sua boca a gordura compacta do corpo encaixada na poltrona e registra e charla o dizzie outras anedoutas cogitações ao entrevistador priápico o trompete corno copa exalando timbres sapo-boi foi-não-foi sapo-pipa de papudas bochechas na cheia infladas parpadeantes fingida cara de bunda de face de flanco