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Showing posts from September, 2008

portopoesia, o retorno

confira toda a programação em http//:www.portopoesia2.blogspot.com

à margem de outras coisas 2

entornei pelo rasgo pelo fracasso da desrazão com meu lenho no encalço de estranhos compatriotas enracinados em lugar torpe e vão de vale em vau onde quem menos prova mais dobra a nota e a vaga onda visgo de amolações que orlam nonada e marolam no estreito por nenhuma coisa rusgam pactários sugam a niilina do néctar enquanto néscios roem unha desabam um abanar de nasos e de ossos nos cantos o sôfrego da fala menoscabo que tanto desdiz e grunha no convencimento de idéias frustres perfazendo o inintelecto a arder adrede com asma de sentidos pensos de lustres cuja luz é tão densa que tomba em rede — murciélago que se debate em delgado véu — a custo alcançam dar cabo ao que pensam mais breve cair no ensimesmo de miasmas de enfado ao menos fix os ficam libertos do dissenso *** entornei sem retorno pelo rasgo pelo fracasso da desrazão enxuguei o frasco com meu lenho no encalço de estranhos compatriotas enracinados em lugar torpe e vão de vale em vau onde quem menos prova mais dobra a nota e

prisma sonoro: do sertão ao porto

O título do novo CD do cantor e compositor Tom Gil, Do sertão ao porto, resume um pouco de sua trajetória vivencial e musical. A sonoridade, as referências e as parcerias que passam pelo mixer de Do sertão ao porto, traduzem esteticamente um percurso cuja origem está em Várzea Alegre, interior do Ceará, e o lugar de chegada, por um feliz acaso, em Porto Alegre. Ouça-se o qualificativo “alegre” ligando esses dois pontos. Ou não. Mas, Tom Gil poderia ter aportado em qualquer outra megacidade, pois é isso que representa o “porto” no desbravamento do seu prisma sonoro: lugar de amplas transações poético-musicais. “O aeroporto em frente me dá lições de partir”, diz um poema de Manuel Bandeira. Tom Gil aprende também a partir e abandonar. Mas, desde o ponto extremo do porto, reconhece a importância da memória. Em Do sertão ao porto, curtimos o cantor cujo timbre todo especial tem tanto de sarcasmo quanto de malandra fragilidade. Tom Gil, o zabumbeiro zombeteiro e o compositor de grandes ba

inventar problemas novos

Uma pergunta que nasce com o alto modernismo e chega até o nosso momento, é a seguinte: afinal, o que é poesia? Na verdade, a poesia que realmente importa não escapa ou jamais escapou a essa indagação, ou seja, ela se constrói, mesmo, a partir dos destroços dessa e de outras certezas. Por sua vez, algumas vozes da poética atual, por preferirem dar as costas aos seus dilemas elogiando o “poema com poesia” (como assim?) em prejuízo daquilo que eles chamam de “experimentalismo inconseqüente”, argumentam que qualquer poesia é melhor do que a não-poesia. A contemporaneidade, talvez como reação à extrema negatividade crítica presente nas idéias de meados do século 20, apresenta uma forte tendência para a mediocridade afirmativa; a tolerância em tom pastel. A arte contemporânea, por exemplo, avança com mais coragem no terreno da anti-arte. Não se pode afirmar se os cacos de um copo sobre uma mesa branca representam um objeto de arte ou não. Em fim de contas, fica a cargo do obs

ricardo o bardo no mafuá

eu e o outro poET, ricardo silvestrin PALAVRARIA – LIVRARIA-CAFÉ CONVIDA PARA MAFUÁ DE MALUNGO: Bate-papo entre Ronald Augusto e Ricardo Silvestrin 10 de setembro de 2008, quarta-feira, das 19h às 21h Na Palavraria – Livraria-Café Ricardo Silvestrin é poeta, contista, cronista, ensaísta e músico. Lançou 11 livros. Os mais recentes são O Menos Vendido (poesia, editora Nankin, SP, 2006), Play (contos, editora Record, RJ, 2008), ex,Peri,mental (poesia, editora ameopoema, Poa, 2004) e É tudo invenção (infantil, poesia, editora Ática, SP, 2003). Foi três vezes prêmio Açorianos e também prêmio do Encontro Brasileiro de Haicai. Integra a banda os poETs, que lançou o cd Música Legal com Letra Bacana (gravadora YB, SP, 2005). É editor da ameopoema. Tem uma coluna no Segundo Caderno do jornal Zero Hora. Apresenta diariamente na Ipanema FM o programa Transmissão de Pensamento. Faz parte da Antologia Mundial de Haicai, Frogpond, editada pela Hayku Society of América, USA. Site: http://www.ricardos