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Showing posts from February, 2011

No que você está pensando, meu caro facefriend?

Que as escolhas ou decisões (não importa a angulação) são precárias, provisórias, e se nos recusamos a fazê-las só nos resta o eterno e as condecorações de praxe. Que todos esses escritores que infestam as redes sociais são competentes e manejam muito bem os fundamentos do ofício, mas tais dotes não realçam espíritos superiores, apenas compensam intelectos medíocres. Que podemos usar a opção “curtir” caso sejamos informados, por exemplo, sobre a morte de algum dos nossos desfetos. Que através de um raciocínio sedutor e de emendas feiticeiras o escritor-seguidor das redes sociais tenta por esse meio persuadir-nos de sua significância, contudo, sem confundir ao menos o crítico atento, ilude-se a si mesmo. Que muitos querem ir além, dizer mais e fazer mais; e que é fácil dar as costas ao além (a tradição, o mundo dos mortos), de onde viemos todos. Que um homem sozinho não deve ser temido nem estimado. Que mais se escapa do que se desperta do pesadelo da história. Que o

escrever sobre escrever

ressonância, um empréstimo à eça e victor hugo (de um ensaio de antonio candido sobre o recurso da citação) eça, o lusíada, "era a hora calada em que os lobos dos montes vão beber" que toma emprestado a hugo, que, por sua vez, disse: "c'était l'heure tranquille où les lions vont boire" ao que eu (visando/projetando poema futuro) tresleio da seguinte maneira: "naquela parada em que os bebuns da quebrada vão beber"

não verbal, poemas

"Esses caligramas espelham, portanto, um tenso desafio de culturas e cultos, a subversão de um código dominante ocidental por um código arredio mas desobediente, encetado com atrevimento nas locas de sua saliência." (Cândido Rolim, em texto ainda não publicado que analisa minha poesia visual)