Li muito Mario Quintana. Mas, há décadas, sua linguagem deixou de me interessar. Quintana é um bom poeta, no entanto carece de nervos. Tensões de linguagem. Muitos críticos e professores de letras dizem que ele foi revolucionário por ter estreado com um livro de sonetos justo no momento em que o verso livre modernista se convertia rapidamente em cânone. Isto é, para essa recepção, Quintana reforça, de certa forma, com sua escolha inicial, a tese do gaúcho como um ser “do-contra”, que não aceita as “imposturas” vindas do centro do país. Ele mesmo gostava de se vangloriar disso sempre que era questionado a respeito; dava corda à anedota. Ora, isso me parece um falso problema, uma contrafação. Primeiro porque a famosa coletânea de sonetos é, talvez, o que Mario tinha de melhor para publicar à época. E, segundo, porque atribuir a essa estreia acanhada um tom de manifesto crítico é um despropósito. Além do mais, o que se comprova a seguir, na obra de Mario Quintana, é uma adesão quase que definitiva àquilo que ele, aparentemente, repudiava com seu livro inaugural.
Ivy G. Wilson Ayo A. Coly Introduction Callaloo Volume 30, Number 2, Spring 2007 Special Issue: Callaloo and the Cultures and Letters of the Black Diaspora.To employ the term diaspora in black cultural studies now is equal parts imperative and elusive. In the wake of recent forceful critiques of nationalism, the diaspora has increasingly come to be understood as a concept—indeed, almost a discourse formation unto itself—that allows for, if not mandates, modes of analysis that are comparative, transnational, global in their perspective. And Callaloo, as a journal of African Diaspora arts and letters, might justly be understood to have a particular relationship to this mandate. For this special issue, we have tried to assemble pieces where the phrase diaspora can find little refuge as a self-reflexive term—a maneuver that seeks to destabilize the facile prefigurations of the word in our current critical vocabulary, where its invocation has too often become idiomatic. More critically, we
Comments