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malungo número 4

eu e José Eduardo Degrazia PALAVRARIA – LIVRARIA-CAFÉ CONVIDA PARA MAFUÁ DE MALUNGO : Bate-papo entre Ronald Augusto e José Eduardo Degrazia 9 de julho de 2008, quarta-feira, das 19h às 21h Na Palavraria – Livraria-Café José Eduardo Degrazia nasceu em Porto Alegre em 1951. Publicou dezenas de artigos e crônicas em jonais e revistas do Brasil e do exterior. Tem publicados os livros de poemas Lavra permanente, Cidade submersa, A porta do sol, Piano arcano, e A urna Guarani. Seus livros de contos são O atleta recordista, A orelha do bugre, A terra sem males e Os leões selvagens de Tanganica. Traduziu livros de Pablo Neruda, poetas latino-americanos e italianos. Foi premiado em poesia, conto, teatro e tradução. Seu mais recente livro é a O reino de macambira. O projeto Mafuá de Malungo, concebido por Ronald Augusto, prevê um encontro por mês até o final desse ano, ocasião em que o convidado conversa com Ronald a respeito de sua vida e obra. Palavraria - Livraria-Café Rua Vasco da Gama, 16...

bejibeji - olomi

by ronald augusto festival in the ocean folks swarming over the waters of the great mother sacred ground seized by thighs crowned by bass-hips rapturous living frock propped on its own hem lengthy-cerulean flowing from bosom down to ankles licking against her curves lubricated always resuming wandering lady mistress over sparkling flowers smoothly extricates herself dancing a honey-flowing fancy white flamed phlegm green petals one foot before another eye drawing out to cast on shore just what is kept at her eyes level incessant go-go (baggage carousel) or as if perched on a procession chariot suspended above pain and adoration sinewy serene siren conveyer plummeting identical toy boats objects from street craft fairs spawning of trinkets on the clear beach courtesan of all moons iwas verses vortices sweet smelling baroque buttocks her hips justify her epithet: earth shaker naked armpit polished as a shell in its hollowed inside if homer had met yoruba yemanja perhaps he would have fas...

música não-verbal

A retaguarda inventiva da poesia escrita migrou para a tela do computador: o poema experimental, até há pouco tempo construído caprichosamente com cartelas de letra-set, virou animação digital em 3D. Parece que vai sair da tela, mas não sai.

o número três

PALAVRARIA – LIVRARIA-CAFÉ CONVIDA PARA MAFUÁ DE MALUNGO (3): Bate-papo entre Ronald Augusto e Jaime Medeiros Jr. 11 de junho de 2008, quarta-feira, das 19h às 21h Na Palavraria – Livraria-Café Jaime Medeiros Jr. é poeta porto-alegrense nascido em 1964. Tem no prelo seu primeiro livro, intitulado Na ante-sala. Médico pediatra. Participou da organização do primeiro Portopoesia. Hoje faz parte da produtora Portopoesia, organizadora da segunda edição do evento, que se realizará em outubro deste ano. Mantém com a poeta Deisi Beier o blog http://www.filhosdeorfeu.blogspot.com/ O projeto Mafuá de Malungo, concebido por Ronald Augusto, prevê um encontro por mês até o final desse ano, ocasião em que o poeta convidado conversará com Ronald a respeito de suas obras. EduardoDegrazia e Ricardo Silvestrin, entre outros, são alguns dos malungosconfirmados para conversar com Ronald Augusto nos próximos encontros. Palavraria - Livraria-CaféRua Vasco da Gama, 165 - Bom Fim90420-111 - Porto Alegr...

brossa nova

Recentemente re-li o livro Poesia Vista , do poeta catalão Joan Brossa (1919-1998) ( http://www.joanbrossa.org ). Publicação da Amauta Editoral e da Ateliê Editorial. A velhaguarda da melhor vanguarda fazendo maravilhas com o mínimo de recursos. Nada de computadores e distorções de letras, essas bobagens típicas de uma confiança ou de um entusiasmo naïf nos poderes podres de maduros que marcam a ultramodernidade narcisista. Vírus da virtualândia. Brossa, com seu sorriso carrolliano é mais dada que surreal. Chuta o saco diáfano da seriedade "artística". Diz que a nossa não é uma época multimídia, mas “multimerda”. Seus poemas recusam abordagens conclusivas ou explicações poética ou pretensamente corretas. Suas prestigitações poético-visuais vão a contrapelo da voga contemporânea, no sentido em que não dão a mínima importância para a necessidade de guarda-costas travestidos de curadores ou de simplórios mediadores sempre sacando de suas algibeiras uma dica de "leitura...

achegas antes da solenidade de posse, No assoalho duro (2007)

em todos os teus dias ninguém fará sobre nossa terra senão o que tu mentalizares toma do meu coração algum tanto que sejas esforçado e soca o olho ao tapa-olho topando com carreirista: taipa e farpa mais não pedirá gran colpe con teu tragazeite se por des ventura um mocambo de poetas negros afirmando que deuses têm nariz chato e pêlo duro parte para o tapa (a chibata já não soa bem no concerto das nações) e nunca para a rapa cotovelada nas costelas saúda pelo estabelecimento a cerimoniosa mulher pública não consintas em nenhuma guisa que os teus sejam soberbos nem atrevudos mudo chuta-lhes o baco frasco apenas concha no lado da orelha haverás o papa e as gentes unhaecarnebranca dá-lhes siempre sus soldadas bien paradas pontapés joelhadas sem joelheira punhadas pois eles (veja-os de joelhos) sem tais cuidados perderiam o siso e quando tocassem no teu nome só diriam injúrias à base de tortuosa linguagem

leitura viva

A leitura equívoca; a leitura à revelia das boas ou más intenções do autor; a leitura que “está andando”, que manda o autor passear; a leitura feita em decúbito dorsal ou ventral; a leitura que se faz na rede, pênsil entre uma árvore e outra, que se faz no ônibus, no metrô; a leitura que se faz (se desfaz) quando não se tem um tostão no bolso, quando se padece de uma afecção respiratória; a leitura que se faz quando se está às turras com a patroa ou de bem com o seu bem, etc, etc, etc.